PROJETO FF SEM TABACO

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 INTRODUÇÃO

O início do consumo mundial de tabaco vem de longa data, aproximadamente no ano 1000 a.C. Em alguns casos, o seu consumo esteve relacionado a rituais mágicos-religiosos como nas sociedades indígenas da América Central. O seu consumo foi incrementado ao longo da história, principalmente no século XX, em consequência das campanhas publicitárias de incentivo ao ato de fumar (INCA, 1996).

A maioria das pessoas é influenciada pela publicidade de cigarro nos meios de comunicação. A algum tempo atrás a publicidade manipulava psicologicamente levando diferentes grupos (adolescentes, mulheres, indivíduos de baixo poder aquisitivo, etc.) que acreditavam que o tabagismo era muito mais comum e aceito socialmente do que era na realidade e através das demandas sociais e das fantasias dos comerciais que usavam mulheres bonitas, bem vestidas, homens fortes, bonitos, jovens curtindo a natureza ou em festas muito bem acompanhados, todos estes personagens fazendo uso do cigarro. Hoje, este tipo de publicidade foi proibido no Brasil. A lei 10.167 restringe a propaganda de cigarros e dos derivados do tabaco.

No caso dos jovens, além de serem influenciados pela propaganda nos meios de comunicação, pais, professores, ídolos e amigos também exercem grande influência. Antes dos 19 anos de idade o jovem está na fase de construção de sua personalidade. Pesquisas mostram que a maioria dos adolescentes fumantes iniciou a fumar justamente nessa faixa de idade, isto quer dizer que o principal fator que favorece o tabagismo entre os jovens é, principalmente, a auto afirmação.

O tabagismo é um mal de destruição em massa e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatida.

O hábito de consumir com frequência produtos derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, rapé, fumo de corda, etc.) que contêm nicotina é a principal causa de morte evitável do mundo. Estima-se que o número de mortes chegue a 5.000.000 por ano no mundo, e em 20 anos deve chegar a 10.000.000 se o consumo continuar aumentando.

No Brasil, estima-se que o cigarro e outros derivados do tabaco sejam responsáveis por cerca de 200.000 mortes por ano,

De acordo com estudos do Banco Mundial, os custos com o tabagismo chegam a 200 bilhões de Dólares por ano no planeta. Isso se deve ao valor despendido com o tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, aposentadorias precoces, faltas ao trabalho, mortes de pessoas em idade reprodutiva, além da poluição e degradação ambiental.

 APRESENTAÇÃO DO CIGARRO

A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.730 substâncias tóxicas diferentes; que se constitui de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta entre outras por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído e acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão. Essas substâncias tóxicas atuam sobre os mais diversos sistemas e órgãos, contêm mais de 60 cancerígenos, sendo as principais citadas abaixo:

-Nicotina – é a causadora do vício ou dependência e cancerígena;

-Benzopireno – substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo;

-Substâncias Radioativas – polônio 210 e carbono 14;

-Agrotóxicos – DDT;

-Solvente – Benzeno;

-Metais Pesados – chumbo e o cádmio (1 cigarro contém de 1 a 2mg, concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispnéia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago).

Presente principalmente no cigarro, a nicotina é uma droga que causa dependência química por ser uma substância psicoativa. As áreas cerebrais responsáveis pela sensação de prazer e relaxamento são ativadas pela nicotina.  Com o uso, a pessoa vai se tornando tolerante a essa sensação de bem estar, o que gera um aumento do consumo. Ela também aumenta a liberação de catecolaminas, que contraem os vasos sanguíneos, aceleram a frequência cardíaca, causando hipertensão arterial. Além disso, o tabagismo começa a apresentar sintomas de abstinência quando interrompe o uso do cigarro.

Além da nicotina, o alcatrão por ex., é composto por mais de 40 componentes cancerígenos. Já o monóxido de carbono (CO) em contato com a hemoglobina do sangue dificulta a oxigenação e, consequentemente, ao privar alguns órgãos do oxigênio causa doenças como a aterosclerose (que obstrui os vasos sanguíneos).

A Organização Mundial de Saúde (OMS), considera o tabagismo doença causada pelo excesso de nicotina no organismo, substância responsável por gerar a dependência psicológica.

Em poucos segundos após a primeira tragada com inalação das toxinas que compõem um cigarro, as substâncias atingem a corrente sanguínea chegando ao cérebro (órgão do sistema nervoso central, controlador das reações vitais do ser humano), desencadeando a sensação de bem estar.

Organicamente, a nicotina provoca efeitos adversos como: redução da ansiedade, diminuição da fome, perda de peso e melhoria na concentração. No entanto, a fumaça do cigarro contém aproximadamente 4,7 mil substâncias químicas, das quais por volta de 60 são cancerígenas.

 FATORES DE RISCO

 Segundo a OMS, o tabagismo está relacionado a mais de 50 tipos de doenças e é o principal responsável por mais de 90% das mortes por câncer de pulmão, por 30% das mortes por câncer de boca, 25% das mortes por doenças do coração, 85% dos óbitos por bronquite crônica e enfisema pulmonar, 25% das mortes por doenças cerebrovasculares.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), quem fuma também tem maior predisposição ao desenvolvimento de doenças como hipertensão arterial, aneurismas, úlceras, infecções respiratórias, trombose, osteoporose, infertilidade, menopausa precoce, complicações na gravidez, menor resistência física e pior desempenho na vida esportiva. Além disso, o consumo exagerado do tabaco acentua o envelhecimento do organismo e induz à impotência sexual do gênero masculino.

Os efeitos consequentes do vício não se limitam apenas ao indivíduo, e tampouco comprometem somente a sua saúde, mas o cigarro também afeta significativamente o público comunicante (fumantes passivos) que convive diretamente com um tabagista. Eles possuem maior probabilidade de contrair câncer de pulmão, em relação às pessoas que não convivem com fumantes.

Conforme informações do Ministério da Saúde e do INCA, 18% da população brasileira são fumantes. Os homens fumam mais que as mulheres; 22,7% deles têm o hábito de fumar, enquanto entre as mulheres, a prevalência é de 16%.

Mundialmente, a OMS estima que um terço da população adulta, isto é, 1,2 bilhão de pessoas sejam fumantes. Pesquisas comprovam que 47% de toda a população masculina  mundial e 12% da feminina fumam.

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